Se você já se perguntou o que deveria ser comemorado no dia chamado Páscoa, a resposta seria esta: Yahshua^[1] - nosso “Cordeiro pascal” - ressuscitou dos mortos, provando que seu sacrifício por nossos pecados foi aceito por Deus, tornando-se capaz de nos libertar da morte eterna.

Os antigos israelitas sempre se lembravam do que havia acontecido com eles no Egito, quando estavam reunidos dentro de suas casas, com o sangue do seu melhor cordeiro passado nos umbrais de suas portas, esperando o Anjo da Morte passar por cima deles.^[2] Eles deveriam transmitir isso para as próximas gerações. Deveriam escolher todos os anos o melhor e mais perfeito cordeiro de um ano e levá-lo aos sacerdotes, para ser sacrificado. Eles colocariam as mãos sobre o cordeiro, lembrando que a morte do animal seria oferecida em troca de suas próprias vidas. Não deveriam esquecer que haviam sido escravos, e que a morte do cordeiro os havia libertado, porque somente após a última praga eles puderam de deixar o Egito e viajar para a terra que seu Deus lhes havia prometido.

Muitos anos se passaram, séculos, e finalmente Yahshua, o Cordeiro de Deus, passou a cumprir o papel de todos aqueles cordeiros inocentes. Naquela época, muitos haviam esquecido quem eles eram e para que estavam vivendo. Eles compravam um animal qualquer na entrada do templo, independentemente de sua condição. O “sacrifício” deles havia se tornado um ritual, uma aparência que a maioria mantinha, sem perceber o significado do que faziam.

Para alguns, não era assim. Eles ainda mantinham o coração que lhes havia sido fielmente transmitido de geração em geração. Eles escolhiam o melhor animal de seu rebanho, sacrificavam-no e lembravam-se de que muitos anos atrás haviam sido libertos da morte e da escravidão. Lembravam-se do sinal do sangue do cordeiro na porta de suas casas. Eles se lembravam de sua história. Para esses poucos, a vida de Yahshua, o Cordeiro de Deus, tocou seus corações. Suas palavras foram libertação para suas almas. Eles queriam algo verdadeiro e real, uma vida livre do egoísmo que os atormentava.

Quando Yahshua foi sacrificado na época da festa da Páscoa, eles sabiam que ele era o verdadeiro Cordeiro de Deus. Ele se sacrificou para resgatá-los da morte e da escravidão de suas vidas sem sentido.

O que aconteceu anos antes, no Egito, prefigurou o que estava acontecendo naquele momento. Eles não precisariam mais abater animais para o sacrifício. O sacrifício de Yahshua foi o suficiente, pois representava o grande amor que Deus tinha por sua mais alta criação. Ele pagou o preço para resgatá-los da morte.

Primeiros Frutos

Aqueles que realmente entenderam a mensagem começaram uma nova vida. Na festa de Pentecostes, depois de ouvir o testemunho daqueles que creram no sacrifício de seu mestre, 3.000 pessoas clamaram nas águas do batismo para serem perdoados de seus pecados e salvos daquela geração perversa.

Todos os que criam viviam juntos.^[3] Eles vendiam seus bens e tinham tudo em comum. Amavam estar juntos, aliados para sempre, sabendo muito bem que Yahshua os havia ensinado a amar uns aos outros como ele mesmo os havia amado, abrindo mão de sua própria vida por eles. Mas agora ele havia ressuscitado. Estava vivo, pois a morte não pode segurá-lo, já que ele não tinha um pingo de egoísmo em si.

Essa vida comunitária é detalhada no livro de Atos dos Apóstolos, na Bíblia, nos capítulos 2 e 4. Com o passar do tempo, porém, da mesma forma como ocorreu no início desta história, eles esqueceram aquilo que o Mestre havia colocado em seus corações, e apenas alguns discípulos mantinham um pouco do primeiro amor e da vida que lhes havia sido mostrada. Então os rituais começaram novamente, e o festival pagão da Páscoa substituiu o antigo festival conhecido pelos hebreus como Pêssach. Não tinha mais nada a ver com o que aconteceu naquela noite no Egito, há muito tempo.

Agora, a “Semana Santa” está se aproximando no meio da crise que toda a humanidade está enfrentando com o aparecimento de um vírus microscópico, e todos são obrigados a ficarem DENTRO DE SUAS CASAS para se protegerem da ameaça. Mas algo está faltando em nossas portas?

Se você está em casa pensando sobre isso, e deseja uma vida com propósito, e se pergunta se há algo mais profundo e maior que você poderia fazer com sua vida, essa história pode ser o começo da resposta para suas perguntas.

Nós, como você, estamos dentro de nossas casas, mas temos esperança e certeza de que “pintamos nossas portas com o sangue do Cordeiro” que possibilita a vida de amor e união que Yahshua, o Messias, estabeleceu na terra. Esta é a vida pela qual os seres humanos foram realmente criados. Estamos ansiosos pelo festival da Páscoa, que tem um significado profundo em nossas vidas, pois também fomos libertos do “Egito” - a escravidão de viver para nós mesmos. Fomos perdoados de nossos pecados, que é o egoísmo, e esse perdão é o que sustenta nossos relacionamentos e nos permite viver um pelo outro, cumprindo o propósito para o qual fomos criados.