Yahshua


O homem hoje chamado Jesus

Seguiam-no de vila em vila, aonde ele ia. Amavam-no, ou pelo menos achavam que sim. Uma coisa era certa, não podiam viver sem ele.

Eram eles o círculo íntimo, uns doze homens, mais ou menos, e algumas mulheres. Mas não eram os fortes, seguros, aqueles de olho grande que ambicionavam poder e posição. Não, eles eram pobres. Sabiam o que era ser oprimidos. Precisavam de um amigo, alguém em quem pudessem confiar, que sempre lhes dissesse a verdade.

E ele disse, sim. Ele dizia a todos a verdade. E quando as pessoas não queriam ouvir a verdade, ele contava uma história e deixava com eles para que desenrolassem o conto e descobrissem a verdade por si mesmos. Alguns se irritavam com as palavras dele, mas ele não deixava de falar. Algumas pessoas, aqueles que realmente se entrosavam no sistema, odiavam-no bastante para matá-lo. Mas ele, de qualquer maneira, não se deixava parar.

Era por isso que eles, o círculo íntimo, precisavam dele. Ele tinha vida. Era cheio até a borda de regozijo. Ele não festejava por um tempo e depois enjoava. O gozo dele continuava e continuava... Era óbvio que ele os amava. Sim, eles! Os solitários, os inconformados, os que não se moldavam com o sistema, gente de que os outros tinham vergonha, gente que tinha vergonha de si mesmo. Ele os ajuntava ao redor dele e falava com eles, enchia-os de visão, e fazia-os sentirem-se alguém. Ele não só falava dos bons tempos, fazia acontecer os bons tempos! Até fazia bons os tempos ruins.

E eles cantavam. Até quando se sentiam tão para baixo que não sabiam qual direção era para cima, eles cantavam. Ele os fazia cantar! Ele não deixava que eles se introvertessem e afundassem. Ele era realmente um amigo.

Mas uma coisa desanimava-o. Bem, não exatamente, mas algumas vezes ele simplesmente chorava. Quando via tantas pessoas espalhadas e divididas e magoadas e decepcionadas... Ele chorava.

Ele queria tanto acolher e manter juntos todos os pequeninos, pequeninos como eu e você. Às vezes o povo simplesmente arrebanhava-se para vê-lo, e ele não conseguia mandá-los para casa. Ele se entrosava com eles, milhares deles. Ele não queria mandá-los para casa, queria trazê-los para casa. Ele queria que casa fosse lá mesmo. Queria que o amor fosse a casa deles.

Mas ele chorava porque o sistema tinha programado e nivelado tanto os pensamentos deles que eles simplesmente não ficavam. Eles sempre voltavam para aquela mesma vida velha e morta, trabalhando no seu emprego, cada um cuidando do seu espaçozinho na vida; mas tão cortados uns dos outros, e tão desamparados...

Ele queria que explodisse um fogo na terra, um fogo que queimaria nos corações das pessoas e consumiria toda sua ganância e egoísmo e insensibilidade; um amor quente, puro, limpo, uns pelos outros. E ele era cem por cento devotado a fazer isto acontecer. Portanto, ainda que chorasse, ele não perdia a esperança. Ele não desistia. Ele sabia que isto iria acontecer.

Mas então o sistema começou a fechar-se sobre ele. Queriam esmagá-lo. E foi até um do círculo íntimo que o traiu; contou exatamente onde encontrá-lo e quando deveriam prendê-lo. E o resto dos seus "amigos íntimos", quando as coisas estavam quentes, deram no pé. Ninguém ficou ao lado dele. De repente, desapareceram, fugiram, tentando salvar seus próprios pescoços. Que bons amigos!

Mas não foi assim que ele percebeu as coisas. Ele nem sentiu amargura. Ele os conhecia. Ele sabia tudo sobre eles. Ele já sabia que iriam abandoná-lo. Não importou. Ele os perdoou. Você acredita?! Ele os perdoou! Ele os amou até o fim.

É, de fato, o sistema o esmagou. Todo o mal do coração humano estava focalizado nele naquele dia. Eles o mataram. Mas não puderam matar o espírito dele.

De repente, o corpo dele já não estava mais morto também. Aquele espírito de amor que ele tinha venceu a morte. Ele voltou dos mortos para dizer aos seus amigos que ele os tinha perdoado. Eles não foram verdadeiros amigos antes, mas ele os fez amigos dele. O perdão dele os fez leais a ele para sempre.

Nós conhecemos este homem. O amor dele nos ganhou também. Nós somos seguidores deste homem Yahshua, do mesmo jeito que o círculo íntimo era lá no começo. Nós queremos ver todos os pequeninos dele serem trazidos para casa. Não importa o preço. Nós não temos nada melhor para fazer. Queremos ver as tribos estabelecidas e unidas. Queremos que o amor encha a terra, o planeta todo. Nós sabemos que isto vai acontecer.

Queremos que você seja parte disto também. Você é um dos pequeninos dele?

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